Em nossa segunda aula, alguns dos assuntos abordados na primeira aula
voltaram ao foco da discussão. Nessa aula começaram a ser definidos mais claramente
alguns conceitos centrais em análise de objetivos e, mais especificamente, no
contexto de GORE.
O primeiro deles foi o conceito de objetivo. Um objetivo de um sistema
pode ser definido como um fim a ser atingido por esse sistema. É importante
ressaltar que podem ser definidos objetivos em diferentes níveis de abstração,
ou seja, considerando uma abordagem top-down, pode-se definir objetivos mais
genéricos e especializá-los/refiná-los.
Além das relações de decomposição, podem ser definidas também relações
de contribuição e de alternativas entre objetivos. As relações de contribuição
visam a capturar se a busca por um objetivo influencia positivamente ou
negativamente em outro objetivo enquanto as relações de alternativas tem por
finalidade registrar as diversas opções para se realizar um dado objetivo.
Um outro conceito interessante apresentado foi o de "soft goal".
Se classificam como "soft goals" objetivos para os quais não é
possível definir um critério objetivo de satisfatibilidade. Finalmente, um terceiro
conceito abordado foi o conceito de requisito. Segundo a abordagem exposta, a
maior diferença conceitual entre um objetivo e um requisito é que requisitos
fornecem um critério de corte preciso. Por exemplo, posso ter como objetivo de
um sistema “enviar comandos em tempo hábil” e, a partir desse objetivo, gerar o
requisito “enviar comando em menos de um segundo em pelo menos 95% das
ocorrências”.
Apesar de terem sido apresentadas algumas definições um pouco mais criteriosas sobre
esses conceitos, a diferença entre eles ainda me parece bastante sutil e um
tanto subjetiva. Na próxima aula desenvolveremos nossos primeiros modelos, o
que deve nos ajudar na percepção das diferenças e das relações entre esses conceitos no
contexto de GORE.